MONTALEGRE. Ex notária acusada de se apropriar de cerca de 68 mil euros de clientes em Montalegre, Vieira do Minho e Amares

Segundo a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP), está acusada pelo Ministério Publico de 34 crimes de peculato.


Susana Sousa, Ex notária que estava interdita de exercer funções desde 2019, após sanção disciplinar, está agora acusada pelo Ministério Publico de 34 crimes de peculato e de se ter apropriado de cerca de 68 mil euros de clientes em Montalegre, Vieira do Minho e Amares.

Em despacho de 24 de outubro o Ministério Público descreve que a arguida, “de 2012 a 2018, então no exercício das funções de notária em Vieira do Minho, Amares e Montalegre, se apropriou de quantias no montante global de €67 805,76, que lhe foram entregues por clientes para que no âmbito daquelas funções realizasse pagamentos ligados aos atos que celebrava, nomeadamente de impostos e de atos registrais”, lê-se na nota emitida na segunda-feira, 7 de novembro, pela Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).

O Ministério Público pede que, além da condenação penal, a arguida pague ao Estado a referida quantia. “Além da condenação da arguida na sanção penal que venha a ser fixada, a sua condenação a pagar ao Estado a referida quantia, por constituir vantagem económica da atividade económica que desenvolveu, sem prejuízo dos direitos dos ofendidos, caso venham a ser exercidos”, termina dizer o comunicado da PGRP.

A Ordem dos Notários já veio, através de um comunicado, “lamentar os constrangimentos sofridos pelas populações, nomeadamente, dos concelhos de Amares, Montalegre e Vieira do Minho, e reitera a importância de informar os cidadãos que podem confiar nos notários, que em nada se relacionam com o caso, e nos serviços notariais prestados nestas localidades, e em todo o país”, lê-se na nota.

O despacho de acusação foi proferido em 24 de outubro pelo MP no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Procuradoria da República de Braga (1ª secção).

Sara Esteves
Foto: DR

• CONTINUAR A LER

---