CHAVES: Vítor Pimentel pede desvinculação do CDS-PP

Atual presidente da Concelhia de Chaves do CDS-PP e membro da Assembleia Municipal foi Vice-Presidente Distrital, vogal da Comissão Política Nacional, Conselheiro Nacional, Congressista, candidato autárquico em 2017 e 2021 e cabeça de lista às legislativas de 2022 pelo distrito de Vila Real. Pediu a sua desvinculação do partido porque “as bases em que me revejo deixaram de existir”.

Vítor Pimentel anunciou a sua decisão através de uma nota enviada para a redação onde começa por dizer que se tornou militante do CDS-PP por convicção e depois de uma enorme derrota eleitoral.
“Fi-lo porque senti que era o partido que defendia valores inestimáveis na sociedade desde a família, até à vida, defendendo o interior onde sou feliz e o sector primário no qual estão as nossas raízes. Fi-lo porque via no CDS um partido sem medo de assumir as suas ideias”.
Segundo o presidente da Concelhia de Chaves do CDS-PP, “sempre que fui chamado respondi presente, muitas vezes com sacrifício da minha vida pessoal e profissional, mas fi-lo sempre com gosto e com entusiasmo. Procurei executar com elevação o meu papel enquanto Presidente Concelhio, onde quando entrei o partido tinha 6 mandatos autárquicos e o deixo com 21, Vice-Presidente Distrital, vogal da Comissão Política Nacional, Conselheiro Nacional, Congressista, candidato autárquico em 2017 e 2021 e como cabeça de lista às legislativas de 2022 pelo distrito de Vila Real. As minhas intervenções foram feitas sempre com o propósito de dar o meu contributo para a discussão política e para a escolha dos caminhos a seguir pelo partido”, lê-se na nota enviada para a redação.
Para justificar a sua decisão, Vítor Pimentel fez questão de referir que “já há vários meses, mas sobretudo depois do último congresso de Guimarães, deste ano, verifiquei que, por razões que me são alheias, já não me sinto útil. Aliás as bases em que me revejo deixaram de existir. O partido abandonou sedes, concelhias, distritais e é neste momento um feudo da capital que procura desesperadamente manter o sustento dos de sempre que permanecem agarrados ao Titanic que os próprios dirigiram para o iceberg.
O meu principal Partido é Portugal e a minha região, os Partidos Políticos ou são um instrumento eficaz para o engrandecimento do País e um instrumento sentido e real para a melhoria das condições de vida dos Portugueses. Se não o forem não servem para nada. Infelizmente este CDS, já não serve para nada. Não necessito de representar um símbolo, necessito sim de representar a vontade daqueles que em mim confiaram para os representar com a independência que me faz sentir útil. Continuo fiel a estas minhas diretivas de pensamento e ação.
Assim, e depois de ter estado vários meses em reflexão, cheguei à conclusão que era chegada a hora de pedir a minha desfiliação do CDS-Partido Popular, com efeitos a partir do dia 31 do corrente mês.
Igualmente, e como consequência do meu pedido de desfiliação do Partido, apresento também e naturalmente o meu pedido de demissão de Vogal do Conselho Nacional do Partido.
Saio de consciência tranquila e com o sentimento de ter cumprido, o melhor que pude, em todas as alturas, o meu dever para com o CDS-PP”, conclui Vítor Pimentel na nota enviada para a redação, que partilhou também nas suas redes sociais.

Paulo Silva Reis

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