Desafio da reabertura de estabelecimentos de restauração e cafés depende dos proprietários dos estabelecimentos e de toda a comunidade.
Após dois meses de confinamento que travaram a economia, Portugal prepara-se para reabrir a 18 de maio, na segunda fase do desconfinamento, estabelecimentos comerciais como restaurantes, cafés e pastelarias.
Este regresso à atividade prevê-se que seja com algumas restrições e condicionantes para evitar o contágio do surto de Covid-19. Em Montalegre, a autarquia e a AEPB - Associação Empresarial do Planalto Barrosão já começaram a preparar esta reabertura, definindo regras junto dos proprietários da restauração e bebidas, numa sessão pública.
“Todos aqueles que aqui estiveram, ou todos aqueles que estão ligados ao setor da restauração estão ansiosos pelo retomar da atividade e nós também queremos que de facto isso aconteça”, mas é necessário cumprir normas “e eu não tenho dúvida que essas normas vão ser todas escrupulosamente observadas”, refere Orlando Alves, Presidente da Câmara Municipal de Montalegre.
O autarca relembra que é uma situação nova e que “vai obrigar os empresários da restauração a fazerem outros investimentos. O município o contributo que pode dar é suportar os custos com máscaras, para distribuir pelos restaurantes e suportar também as despesas com os separadores, os acrílicos para que digamos este normativo de segurança seja cumprido e a carteira dos empresários fique minimamente aliviada.”
José Fernando Moura é Presidente da Associação Empresarial do Planalto Barrosão e reconhece que a confiança será um obstáculo a ultrapassar. “É um rumo muito grande nos negócios das pessoas, é um estrago muito grande. Vem aí o verão, é muita economia que se deixa de se fazer aqui no concelho de Montalegre. É muita família que trabalha no setor da restauração e das bebidas e dos cafés. Vai ser complicado, mas desejo a eles muita força”.
“Estamos agora a adaptar-nos a este desafio com a reabertura de estabelecimentos de restauração e o futuro não é só com os responsáveis pelos estabelecimentos, também é com toda a comunidade de Montalegre e o que eu peço é que respeitem todas as recomendações da Direção-Geral de Saúde”, diz o médico Agostinho Sousa.
Na terceira e última fase desta reabertura, a 1 de junho, deverão abrir portas, espaços comerciais com mais de 400 metros quadrados, lojas de cidadão, centros comerciais, creches, pré-escolar, ATL`s, cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculo.
Sara Esteves