Crónica de Sebastião Imaginário

2020-09-01 17:58:57

A LigaPro é muito competitiva, mas fico com a ideia que estamos a construir uma equipa capaz de nos devolver a esperança e que nos faça sentir orgulhosos em vestir o azul-grená. Acredito que o grito “ é de Chaves; é de Chaves” ecoará por esse país.

8. É este o número de contratações realizadas pelos “Valentes Transmontanos”. O guarda-redes Paulo Vítor (ex-Rio Ave);os defesas Luís Rocha (ex-Farense), Bura (ex-Leixões) e João Reis (ex-Tondela; os médios Zé Tiago (ex-Mafra) ; Luís Silva (ex-Leixões) e Nuno Coelho (ex-Belenenses SAD) e o avançado Roberto (ex-Estoril).

Paulo Vítor e Nuno Coelho são as mais recentes. Com estas aquisições ficam preenchidas duas lacunas: a de guarda-redes e a de médio defensivo, sendo que o ex. Belenenses SAD é um jogador que também pode fazer a posição de defesa central, para a qual, pessoalmente, não negligenciaria outro elemento. Assim, penso que, para já, está descartada.

Defendo que qualquer equipa deve ter um guarda-redes que seja um “seguro de vida”, que garanta pontos. Ora, numa equipa que vai procurar regressar ao escalão máximo, esse elemento terá que assegurar no mínimo 10 pontos.

Pode ser uma contratação sem grande impacto e que não entusiasme. No entanto, relembro que alguns dos grandes guarda-redes que passaram nos flavienses chegaram com a condição de suplente.

Desconheço as qualidades do guardião brasileiro, mas pelas informações que fui colhendo, garantem-me que os “Valentes Transmontanos” ficam bem servidos. Veremos com o avançar da competição.

Quanto a Nuno Coelho, é um jogador que dispensa qualquer tipo de apresentações. Estamos na presença de alguém que nas últimas épocas fez mais de 30 jogos por época. Um titular indiscutível por onde passou. Uma agradável surpresa este “coelho tirado da cartola”.

Carlos Pinto é um treinador que dá preferência ao 4x4x2 (4 defesas, 2 médios, sendo 1 de maior contenção; 2 jogadores nas alas e 2 avançados), embora também já tenha jogado em 4x2x3x1 e 4x3x3 e dentro destes sistemas pode apresentar variantes.

Analisando o plantel e aquilo que parecem ser as ideias do treinador, apesar de reconhecer que há jogadores polivalentes, e partindo sempre da premissa que não sairá nenhum jogador de qualidade do plantel, talvez sejam necessários, pelo menos, mais dois jogadores: um ala e um ponta de lança.

Nesta fase da temporada será normal que todos nos questionemos que equipa teremos. Será sempre arriscado prever o que vai acontecer ao longo de uma época. Todos sabemos que a LigaPro é muito competitiva, mas fico com a ideia que estamos a construir uma equipa capaz de nos devolver a esperança e que nos faça sentir orgulhosos em vestir o azul-grená. Acredito que o grito “ é de Chaves; é de Chaves” ecoará por esse país.

Numa época futebolística atípica, o defeso também o será, com a maioria das equipas da LigaPro a ter o maior defeso de sempre. Assim, com o adiamento do início da competição para Setembro (embora para o Chaves até tenha sido algo positivo devido ao caso de Covid-19 detectado) serão seis meses sem competição, com claras implicações na performance desportiva das equipas e que vai agravar ainda mais a situação financeira das mesmas.

Uma das novidades na próxima temporada será um play-off entre o terceiro classificado da LigaPro e o décimo sexto da Liga NOS.

Esta decisão vai, certamente, contribuir para um acréscimo de competitividade nos dois campeonatos e fazer justiça a quem luta pela subida, abrindo-se mais uma oportunidade para estas equipas realizarem o sonho.

Termino, felicitando todos aqueles que trabalham na formação do Desportivo de Chaves pela certificação pela FPF com entidade formadora 4 estrelas.

Este reconhecimento não acontece por obra do acaso.



Sebastião Imaginário

 


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