Estrutura de atendimento é a primeira na região e surge no âmbito de um protocolo celebrado entre a Cruz Vermelha Portuguesa e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG). Só nos meses de abril, maio e junho de 2020 foram registadas 6.928 participações por violência doméstica, em Portugal.
Desde o início do ano já morreram em Portugal 10 pessoas vítimas de violência doméstica, sete mulheres, dois homens e uma criança.
De acordo com alguns indicadores estatísticos este flagelo social tem-se agravado durante o contexto de pandemia de Covid-19.
Para apoiar estas vítimas foi criada em Chaves uma estrutura de atendimento que abrange toda a região do Alto Tâmega que já se encontra em funcionamento na Delegação de Chaves, da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).
O gabiente de atendimento surgiu no âmbito de um protocolo celebrado entre a Cruz Vermelha Portuguesa e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) e tem como objetivo ''assegurar o acompanhamento das vítimas a nível social, psicológico e jurídico'', garantiu a Delegação de Chaves da CVP.
Cada pessoa que se desloca a este serviço, composto por um psicólogo, uma assistente e uma advogada, é alvo de uma “ avaliação e gestão do grau de risco de cada situação concreta e das necessidades de cada vítima, de forma a assegurar uma intervenção individualizada e promotora da segurança”.
De acordo com a Delegação de Chaves, esta estrutura vai também promover informação e formação, a nível local e regional, sobre esta problemática considerada um crime grave que atinge mulheres, homens, crianças e idosos independentemente da condição social ou económica.
De acordo com os dados do 2.º trimestre deste ano sobre os crimes cometidos em contexto de violência doméstica, a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) receberam nos meses de abril, maio e junho de 2020 um total de 6.928 participações por violência doméstica.
A Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica “Um Novo Começo” funciona em Chaves, na Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa.
Sara Esteves
Fotografia Carlos Daniel Morais