CHAVES: QUE POLÍTICA PARA A REGIÃO

2021-01-08 17:09:25

RUBRICA QUE POLÍTICA PARA A REGIÃO – CDS-PP

PERGUNTA Nº4: Que objetivos para o concelho a curto e a longo prazo?

Princípios de um Programa Eleitoral
Ponto prévio: Reconhecendo a pertinência da questão, a sua resposta implica a apresentação de um verdadeiro programa eleitoral antecipado, a escassos meses de eleições autárquicas.

Durante 16 anos, o Partido Socialista denunciou e criticou o alegado «falhanço» do modelo de desenvolvimento para o concelho, elaborado e executado pelo PPD/PSD. Em 2017, o contexto político-partidário flaviense mudou e foi dada a oportunidade ao PS para inverter o ciclo «regressivo», implementando novas ideias, novas políticas e novas estratégias.

No término do presente mandato autárquico, a Câmara PS prevê ter gasto um valor acumulado a rondar os 170 milhões de euros, sem que fosse executado o programa eleitoral sufragado ou sem alterar substancialmente as medidas, as prioridades ou os projetos herdados. Ao invés, preferiu gerir expectativas, subvertendo o interesse público a lógicas partidárias de curto prazo.

Com isso, desperdiçou-se tempo e recursos em festivais sem público, em referendos inúteis, em empregos para os amigos, ou em obras esdrúxulas, como o Centro Coordenador de Transportes. O foco em fait divers impediu a autarquia de se concentrar no esforço de transformação do concelho, tornando-o mais coeso, mais desenvolvido, mais dinâmico ou mais central.

Perante o despovoamento e a exclusão social estruturais, a apatia empresarial e económica, a ameaça de potenciais crimes ambientais ou a anemia em tantas outras áreas e atividades, não foram desenhadas e executadas políticas que mudem o paradigma real e que agreguem interesses e vontades da comunidade e das forças vivas do concelho.

Em contexto da pandemia do Covid-19, os desafios locais tornaram-se mais complexos e exigentes. No entanto, a resposta da autarquia manteve-se ténue, lenta e ineficaz, baseada em propostas simbólicas e tímidas, que não apoiam as famílias, as empresas e o setor social com a necessária e urgente robustez.

Com o aproximar das eleições autárquicas de 2021, que decorrerão em setembro/outubro, os flavienses têm uma nova oportunidade para optar por um novo rumo e um futuro mais sólido, mais concreto e mais próximo.

Para isso, é fundamental gerar mudança e disrupção a vários níveis e em diferentes momentos. É necessária a combinação virtuosa de medidas que afetam cinco grandes vectores:
a) Cooperação institucional;
b) Atividade económica;
c) Coesão social;
d) Infraestruturas e mobilidade;
e) Sustentabilidade ambiental.

Chaves tem que reclamar para si uma nova centralidade no contexto do Alto Tâmega e de Trás-os-Montes, por forma a tornar-se numa referência da região Norte e do País.

A referida centralidade só será alcançada quando:
1. Se unirem os pólos do conhecimento e inovação com a geração de valor e riqueza;
2. Se atrair investimento (público e privado) e recursos humanos qualificados;
3. Se fornecerem serviços de proximidade, que proporcionem mais e melhor qualidade de vida;
4. Se protegerem as mais-valias naturais, culturais, patrimoniais e paisagísticas;
5. Se combaterem as assimetrias e a exclusão social, sob os princípios do esforço, da subsidiariedade e do mérito.

O tempo da campanha eleitoral começará em breve. O CDS-Partido Popular apresentará, com toda a certeza, um conjunto de medidas que respondam às condicionantes atuais e aos anseios dos flavienses, por forma a ganharmos o futuro.

Por ora, ainda é tempo de ouvir os flavienses, refletir sobre os seus problemas, desenvolver propostas, agregar as mesmas num programa coerente e exequível.

 


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