A empresa VMPS, do grupo Super Bock, que explora o Vidago Palace Hotel, segundo denuncia o Sindicato de Hotelaria do Norte (CGTP-IN), está a forçar os trabalhadores a gozar férias em janeiro e fevereiro.
O sindicato já protestou junto da empresa e comunicou a situação à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Segundo o sindicato, a direção da empresa tem comunicado aos trabalhadores individualmente «que o sindicato tem razão mas que, se não aceitarem o gozo nesta altura, sofrerão as consequências no futuro».
Para além de ilegal, a marcação de férias neste período de confinamento geral com a obrigação de recolhimento domiciliário representa «um abuso e uma violência brutal para os trabalhadores e suas famílias», considera a estrutura sindical.
A empresa proprietária do hotel explicou que face ao agravamento das medidas pelo Governo, devido à pandemia de covid-19, decidiu encerrar as unidades hoteleiras de Vidago e Pedras Salgadas.
«A empresa promoveu uma auscultação à disponibilidade e interesse dos colaboradores daquelas unidades hoteleiras para gozarem férias nas próximas semanas e assim evitar, pelo menos para já, uma possível entrada em ‘lay-off’, evitando, assim, o impacto daquela medida para os trabalhadores», realçou.
«De salientar que da auscultação obteve-se a aceitação voluntária de grande parte dos colaboradores para gozo de férias. Os restantes colaboradores mantêm-se a exercer funções de serviços mínimos apesar da unidade se encontrar encerrada», acrescentou.
O sindicato adiantou que «muitos trabalhadores não resistiram à pressão e assinaram o acordo», mas esclarece que o direito a férias deve ser exercido de modo a proporcionar ao trabalhador «a recuperação física e psíquica, condições de disponibilidade pessoal, integração na vida familiar e participação social e cultural», que não estão reunidas neste período.
PSR