COVID-19: Primeiro caso no Alto Tâmega foi há um ano

2021-03-21 12:04:01

Primeiros dois casos na região foram confirmados em Chaves.

Foi a 2 de março de 2020 que se registou, em Portugal, o primeiro caso positivo de SARS-CoV-2, e 19 dias depois confirmaram-se os dois primeiros doentes no Alto Tâmega.
Os primeiros casos confirmados na região foram em Chaves, duas irmãs imigrantes naturais de Vilarinho das Paranheiras, Vidago, que regressaram de Londres. Nessa altura foram também notificados 29 suspeitos de Covid-19.


Um ano depois, na região do Alto Tâmega já foram confirmados até ao momento 7 677 casos de infetados, 3 829 em Chaves, 1 098 em Valpaços, 947 em Vila Pouca de Aguiar, 502 em Ribeira de Pena, 508 em Boticas e 793 em Montalegre.


A primeira vítima da Covid-19 na região foi comunicada a 5 de abril, cerca de 15 dias depois dos primeiros casos de infeção. O primeiro óbito residia no concelho de Chaves mas era natural de Valpaços.


Desde então, em toda a região já faleceram 165 pessoas vítimas da Covid-19. 84 em Chaves, 32 em Valpaços, 19 em Vila Pouca de Aguiar, 13 em Ribeira de Pena, 14 em Montalegre e três pessoas em Boticas.

Desde o primeiro caso suspeito na região, a Unidade de Saúde Pública do ACES do Alto Tâmega e Barroso já emitiu 266 boletins onde reporta a situação epidemiológica.


À LUZ DA REALIDADE PANDÉMICA


No mundo, o primeiro caso diagnosticado foi a 17 de novembro de 2019 em Wuhan e desde este dia o mundo passou a enfrentar uma pandemia que tem deixado ‘’marcas’’ na sociedade com impactos económicos, sociais, culturais e políticos profundos.


À luz desta realidade a sociedade portuguesa foi obrigada a respeitar as medidas impostas pelas autoridades de saúde e pelo Governo. O teletrabalho passou a fazer parte da vida de muitos portugueses assim como o isolamento profilático. O anúncio dos primeiros apoios às empresas afetadas pela Covid-19 começa a ser falado a 4 de março. A 10 desse mês, o governo português suspende voos para Itália e dois dias depois é anunciado pelo Primeiro Ministro o fecho de todas as escolas a partir de 16 de março assim como discotecas, restrições em restaurantes, centros comerciais e serviços públicos. O país fica em estado de alerta e começa-se a discutir o estado de emergência em Portugal.



Surgem também os primeiros controlos nas fronteiras terrestres com Espanha.



É na noite de 18 de março que é anunciado o primeiro estado de emergência com restrições na via pública e a obrigatoriedade de confinar, o mesmo que encerrar-se dentro de um espaço, ou seja em casa. Domicílio, lar, família ‘’entrou em vigor’’ a 19 de março e foi depois prolongado vezes sem conta.



Na ajuda ao combate, medidas e esforços, ensino à distância, proibição de deslocações entre concelhos no fim de semana, eventos cancelados outros não. Estamos em maio e termina a dia 1 o estado de emergência. Não é renovado arranca a desinfeção das escolas e são retomadas as aulas presenciais. O dever cívico de recolhimento termina a partir de 1 de junho e três dias depois é aprovado o Programa de Estabilização Económica e Social. Os casos ‘’não estabilizam’’e surgem os primeiros surtos em lares com dezenas de pessoas, maioria idosos, a morrer devido à doença.



A 14 de outubro, Portugal está em situação de calamidade. Uso de máscara na via pública é aprovada a 23 deste mês no parlamento. Novas medidas de resposta à pandemia, 120 municípios ficam abrangidos pelo dever cívico de recolhimento domiciliário,a 4 de novembro e novos horários nos estabelecimentos.



Um Natal diferente, um início de ano diferente, um Carnaval que se alterou ou se transformou. Uma Páscoa que será igual a 2020. Dias e dias desiguais até hoje 21 de março sem fim anunciado.



Palavras e expressões ‘’novas’’ que desejamos ter saudade. CONFINAMENTO, DESCONFINAR, DISTANCIAMENTO SOCIAL, PASSEIO HIGIÉNICO, ISOLAMENTO PROFILÁTICO, QUARENTENA, RECOLHIMENTO, ETIQUETA RESPIRATÓRIA, HIGIENIZAÇÃO, ZARAGATOA.



Vamos todos ficar bem! Mas todos não é toda a gente.

Sara Esteves
Fotografia Carlos Daniel Morais


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