A sala de aula é o Alvão e os «professores» são os criadores de cabras e vacas de raças autóctones, que prometem partilhar o que aprenderam ao longo da vida com todos aqueles que querem dar os primeiros passos neste setor.
Para ir de encontro aos objetivos desta academia, o primeiro curso, que arranca em maio e termina em outubro, intitula-se «Pastoreio Sustentável e Gestão da Paisagem» e a escola vai ter formadores, entre empresários e professores universitários, e também tutores.
O projeto é promovido pela Federação Nacional das Raças Autóctones, em parceria com a Associação Florestal e Ambiental de Vila Pouca de Aguiar e apoiada pela Fundação BPI La Caixa, tendo como objetivo de capacitar e atrair mais criadores de gado, promover o rejuvenescimento do setor e incentivar modos de produção inovadores.
Este primeiro curso destina-se preferencialmente a jovens com idade entre 18 e 40 anos, ativos e dinâmicos, que desejem desenvolver projetos inovadores e sustentáveis baseados na atividade pecuária e pastorícia. Criadores e pastores no ativo, assim como os seus familiares ou colaboradores, que desejem melhorar o desempenho da sua atividade, dispostos a aprender e a partilhar os seus conhecimentos e competências.
Esta formação é certificada (CNQ/SNQ/ANQEP) e têm enquadramento nos critérios definidos pelo IFAP para a candidatura à medida de instalação de Jovens Agricultores, com possibilidade de acesso a estágios profissionais no final do processo formativo.
O curso vai decorrer em explorações pecuárias e outros locais situados na região da Serra do Alvão (Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Mondim de Basto e Vila Real), apoiado pela Fundação BPI La Caixa, através do Prémio Rural, com 53 mil euros.
Paulo Silva Reis