Industriais do granito querem gasóleo profissional para não perderem competitividade devido a escalada de preços dos combustíveis em Portugal.
A Associação dos Industriais do Granito (AIGRA), sediada em Vila Pouca de Aguiar, reivindica a criação com carater de urgência do «gasóleo profissional» para ajudar as empresas a enfrentar a escalada do preço dos combustíveis.
«Nós temos equipamentos que têm um consumo por hora bastante elevado, o que faz com que os custos de produção tenham um aumento significativo», começou por dizer o presidente da AIGRA Mauro Gonçalves que deu mesmo o exemplo de pedreiras que, por dia, consomem cerca de 500 litros de combustível e que, comparativamente com o mesmo período do ano passado, estão com 100 a 110 euros a mais e não existem alternativas ao gasóleo, reivindicando a criação do gasóleo profissional, também conhecido por gasóleo verde ou agrícola, à semelhança do que já acontece em Espanha.
Segundo os industriais do Granito é de extrema urgência que o Estado olhe para o gasóleo profissional de uma forma séria e reúna todos os parceiros sociais para que possa chegar a um entendimento.
A escalada do preço dos combustíveis está a preocupar os consumidores em Portugal, quer sejam privados ou empresas, mas o setor do granito e só no de Vila Real, existem cerca de 100 empresas, que empregam à volta de 750 pessoas e representam um volume de negócios na ordem dos 100 milhões de euros por ano, está a perder competitividade e recorde-se que cerca de 60% da produção é destinada à exportação.
PSR
Fotografia: Carlos Daniel Morais