CHAVES: Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros analisam processo de mulher que morreu no hospital em 2019

2022-02-12 18:24:36

Através de um comunicado publicado na página oficial da Entidade Reguladora da Saúde ficou a saber-se que esta entidade, remeteu para apreciação das ordens dos Médicos e dos Enfermeiros, o processo de uma doente que morreu em 2019, na unidade de Chaves do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), depois de dúvidas levantadas sobre a administração de medicamentos.

O caso remonta a outubro de 2019, quando a família de Licínia Moreira de 43 anos, que sofria de epilepsia e morreu na unidade de Chaves, acusou a instituição de “abandono e negligência”.
A mulher foi internada a 19 de outubro e acabou por morrer no hospital, que segundo disse a sua família, logo na altura, as circunstâncias da morte não foram claras, tendo-se sentido mal na casa de banho e morrido pouco depois, após manobras de reanimação.
Na altura o CHTMAD anunciou a abertura de um processo, o qual acabou arquivado “por não existirem indícios de violação dos deveres profissionais por parte dos trabalhadores do CHTMAD”.
A Entidade Reguladora da Saúde procedeu à abertura de um processo de inquérito ao caso com o objetivo de perceber se à utente foram prestados cuidados de saúde de qualidade, sendo questionado o acompanhamento prestado no decurso dos episódios de urgência e internamento, entre os dias 19 a 23 de outubro de 2019 pedindo também que o CHTMAD garanta, de imediato, o cumprimento dos procedimentos internos relativos ao processo de gestão e administração da medicação, “com o objetivo de garantir a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde prestados, designadamente garantindo a correta prescrição e administração de medicação”.
Logo na altura, o CHTMAD garantiu que cumpre os procedimentos internos relativos ao processo de gestão e administração da medicação e que os seus registos clínicos “são fiáveis e reproduzem a real situação clínica dos seus utentes”.
A entidade reguladora refere, na sua publicação na página oficial tornada agora pública, que é à Ordem dos Médicos e à Ordem dos Enfermeiros que “caberá aferir da adequabilidade clínica da atuação dos profissionais do CHTMAD e deve o processo ser encaminhado para estas entidades, solicitando que logo que possível, deem conhecimento à Entidade Reguladora da Saúde das conclusões que venham a ser apuradas”, acrescentando que a deliberação deverá ser levada ao conhecimento do Ministério Público.

Paulo Silva Reis
Foto: Carlos Daniel Morais

 


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