Foi esta quarta-feira assinada a escritura que permite à multinacional espanhola Cortizo, principal fabricante e distribuidora de sistemas de alumínio e PVC para a arquitetura e indústria, arrancar com as obras e instalar-se no Parque Empresarial de Chaves, criando 450 postos de trabalho.
O projeto terá um investimento privado de 60 milhões de euros, num processo de expansão e investimento ambicioso que se vai instalar no Parque Empresarial de Chaves, nos terrenos que foram esta quarta-feira escriturados por Anselmo Marçal, proprietário da AM pirotecnia de Vila Verde da Raia e a Cortizo.
Anselmo era o dono dos mais de 200 000 metros quadrados que a gigante galega dos alumínios pretendia para se instalar, mas tinha também licenciado o espaço para a pirotecnia.
“O licenciamento pirotécnico é muito complicado e leva tempo, mas depois de algumas conversas com o autarca Nuno Vaz, entendemos que receber uma empresa desta magnitude, que estima 450 postos de trabalho, é importante para o concelho, para a região do Alto Tâmega e até mesmo para o país”, começou por dizer o empresário que cedeu ao negócio e vendeu o terreno que tinha pensado para o seu ramo de negócio.
“Julgo que vai ser muito importante e vai também potenciar uma plataforma logística que só agora, estes anos todos depois, começa a ser dinamizada e se percebe que alguém a começou pelo telhado, não estando totalmente preparada para receber empresas de alguma dimensão, que vai obrigar a investimentos de fundo. Aceitamos este negócio por estarmos convictos que vai ser bom para a região, mas também não podemos perder tudo e estamos a estudar com a autarquia a possibilidade de instalar e licenciar a pirotecnia num outro espaço,” disse Anselmo Marçal.
Ao que conseguimos apurar, a Cortizo, já deu entrada na Câmara Municipal de Chaves com a documentação de licenciamento, mas a garantia de 450 postos de trabalho vai obrigar a autarquia a custos acrescidos para dotar o Parque Empresarial de infra-estrutura elétricas capazes de garantir o funcionamento de uma empresa destas dimensões.
Atualmente, o grupo Cortizo, colosso dos alumínios, tem nove centros de produção, emprega 3 697 pessoas em toda a Europa e está presente em 60 países. Possuiu um volume de faturação de 701 milhões de euros e apresenta uma capacidade de produção de 139 mil toneladas, anuais.
Em Portugal, a Cortizo tem uma equipa com cerca de 36 trabalhadores e dois centros de distribuição e logística em Vila do Conde e Rio Maior.
A multinacional também tem dois Departamentos de Arquitetura e Engenharia para prestar assistência técnica e assessoria a empresas de arquitetura e instaladores em todas as tarefas relacionadas com a aplicação dos diferentes sistemas Cortizo.
Fundada em 1972, em Padrón na Corunha, a Cortizo está posicionada como líder, em Espanha e Portugal, no fabrico de perfis de alumínio e PVC para a arquitetura e a indústria, sendo uma das referências europeias no setor.
Paulo Silva Reis