A Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu esta tarde recomendações à população, aconselhando crianças, idosos e doentes respiratórios ou cardiovasculares a permanecerem em casa, devido à fraca qualidade do ar.
A região do Alto Tâmega acordou com um céu nublado e o fenómeno deve-se a uma irrupção de poeiras vindas do Deserto do Saara do norte de África.
A página das redes sociais facebook Meteo Trás-os-Montes, que acompanha habitualmente todos os fenómenos meteorológicos já tinha alertado para este situação durante o dia de ontem e as suas previsões confirmaram-se esta manhã, especialmente, na região Norte de Portugal.
Com o passar das horas a situação agravou-se e devido a estas poeiras em suspensão, que deverão persistir até à próxima quinta-feira, deteriorando a qualidade do ar, a Direção-Geral da Saúde emitido já recomendações à população, aconselhando que crianças, idosos e doentes respiratórios ou com problemas cardiovasculares, permaneçam em casa.
‘’Está a ocorrer uma situação de fraca qualidade do ar no Continente, com maior expressão nas regiões Norte e Centro, prevendo-se que a mesma se mantenha durante os dias 16 e 17 de março. Esta situação deve-se à intrusão de uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África, que transporta poeiras em suspensão e que atravessa Portugal Continental, aumentando as concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar’’, lê-se no comunicado.
Este poluente (partículas inaláveis – PM10), segundo a DGS, ‘’tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais vulnerável, cujos cuidados devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações’’.
Assim, e enquanto este fenómeno se mantiver, a Direção-Geral da Saúde recomenda que a ‘’população em geral deve evitar os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes. Crianças, idosos, doentes com problemas respiratórios crónicos, designadamente asma e doentes do foro cardiovascular, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem, sempre que viável, permanecer no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas.’’
Entre as recomendações a DGS aconselha a que ‘’os doentes crónicos mantenham os tratamentos médicos em curso’’.
Em caso de agravamento de sintomas contactar o SNS 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.
Paulo Silva Reis